Grupo de teatro peruano resgatará um dia de Frida Kahlo no segundo dia do 7º Festival Latino Americano de Teatro Ruínas Circulares

 


Ikaro retratará um pouco da vida da famosa pintora mexicana, em espetáculo no Teatro Rondon Pacheco, em Uberlândia-MG, nesta quinta-feira (19/11), às 20 horas.


 


Os fãs da famosa pintora nascida no ano de 1907, em Coyoacán - na época uma pequena cidade nos arredores da Cidade do México e hoje um distrito - conhecida em todo o mundo, Frida Kahlo, poderão saborear um pouco do cotidiano da artista no espetáculo do grupo peruano, Ikaro, 'Frida Kahlo – Viva la vida”, que estará em cartaz, nesta quinta-feira (19/11), no Teatro Rondon Pacheco, em Uberlândia-MG, às 20 horas, como parte integrante da programação do 7º Festival Latino Americano de Teatro Ruínas Circulares.


Com direção de Julio César Flórez, o espetáculo escrito por Humberto Robles retrata um dia na vida de Frida Kahlo. A obra começa com os preparativos para a festa que ela pensa em dar em honra ao dia dos mortos, e vai levando o espectador por diferentes momentos de sua vida, de seu sentir, mostrando suas ideias e seu modo particular de viver neste mundo. 'Vemos todas as faces de Frida, Frida menina, mulher, esposa, amante, artista, filha, mas principalmente vemos Frida lutadora, uma mulher que apesar de seus 'impedimentos' físicos e imobilidade de seu tempo, soube superá-los para nos entregar a maravilha de sua pintura e seu ser. Um espetáculo no qual nos é mostrado o espírito de Frida”, adianta o diretor.


Esse é um dos 15 espetáculos teatrais programados para o 7º Festival Latino Americano Ruínas Circulares, que tem início nesta quarta-feira (18/11) e seguirá até o último domingo do mês (29/11). Renomados grupos teatrais nacionais e estrangeiros de países como Argentina, Peru, Colômbia trocarão experiências e preencherão a agenda cultural local, com apresentações em diversos lugares da cidade de Uberlândia (teatros, praças e rua), além de filmes, palestras e compartilhamentos de processos artísticos entre os grupos participantes e interessados.


O Festival, idealizado em 2009 como uma ação vinculada ao Grupo de Pesquisa PÉTALA (CNPQ), coordenado pela atriz, docente e pesquisadora Yaska Antunes, que assina a curadoria e a direção geral do evento, visa propiciar uma mostra de trabalhos artísticos de países latino-americanos, incluindo o Brasil e, além disso, contempla ações de formação como conferências, oficinas e compartilhamentos, proporcionando o debate e a reflexão acerca das experiências entre os participantes.


O objetivo do Festival é afinar a discussão sobre a atualidade da arte dramática para além dos horizontes locais e do debate nacional. 'Experimentar é a ordem, acima de tudo quando se fala de teatro, onde a devida construção da obra, da montagem, se dá justamente na experiência direta com o público. Por isso realizamos o Ruínas Circulares, com acesso do público em geral para garantirmos essa interação”, comenta a responsável pelo evento, a professora da UFU, Yaska Antunes.


Neste ano, pela primeira vez, o Festival é uma realização da produtora uberlandense Balaio do Cerrado, sob a direção do produtor Rubem dos Reis e conta ainda com a co-realização da DICULT/PROEX/UFU – Diretoria de Cultura da Universidade Federal de Uberlândia, com o patrocínio da Petrobrás S.A., que segundo Yaska Antunes, é fato que, muito além da enorme importância de tornar exequível a realização do evento, agrega valor simbólico inestimável ao Festival. 'Isso porque a Estatal tornou-se, ao longo de seu programa de patrocínio, uma das instâncias mais importantes no processo de consagração nacional de obras e projetos artísticos”, argumenta.

Com o tema 'Desafios da cena contemporânea”, a curadoria do Festival aposta numa programação que contempla a multiplicidade de temas e formatos teatrais: espetáculos de clowns, monólogos, montagens realistas, performativas, formas hibridas, dentro de um espectro amplo que denominamos 'cena contemporânea”, usado aqui em seu sentido mais trivial, de algo que é 'de nosso tempo”, e não com pretensões a um conceito estético que daria forma a um tipo determinado de obras artísticas.


O evento é um presente para a população de Uberlândia. 'Nós programamos espetáculos que serão apresentados em vários espaços da cidade, como a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), palcos dos grupos teatrais locais, praças, dentre outros. Além de trazer figuras de peso no circuito cênico que colaborarão para embasar tecnicamente as discussões. A nossa intenção é difundir o teatro latino americano, localmente, provocando a população a envolver-se com o teatro, experimentando as características distintas dos grupos latinos americanos e nacionais e fortalecer as artes cênicas”, destaca o produtor Rubem dos Reis, da Balaio do Cerrado Produtora.


 


 


Novidades


 


Nessa edição, o Festival traz muitas novidades. 'Pela primeira vez, teremos no curso do Festival a presença de um grupo de organizadores e curadores de festivais nacionais e internacionais que virão com o objetivo de conhecer a produção teatral local para futuras negociações e intercâmbios”, informa Yaska Nunes.
Além disso, o Festival prestará uma homenagem a um artista local. A edição será dedicada ao nosso pequeno grande ator: Grande Otelo. E para celebrar o centenário de seu nascimento, comemorado neste ano, o evento, de forma inédita, adotará entre as suas atividades uma Mostra de Cinema, com o objetivo de trazer à luz uma parte importante da história filmográfica nacional: a 'era das chanchadas” do cinema brasileiro que com sua energia eletrizante, sua alegria, seu brilho, sua opulência, sua despretensão, arrebatou e alegrou o coração de uma geração inteira de brasileiros.
Outra novidade é a apresentação de dois espetáculos vencedores do Festival de Cenas Curtas de Uberlândia, integrando a grade de programação oficial do Festival Ruinas, como parte do prêmio pela vitória. São eles: 'Rainha Desordem e Epop[é]ia da Mentira” do Carne Mamífera e 'Liquidados” da Cia Liquida. 'A articulação dos dois festivais faz parte de uma estratégia que visa uma dupla finalidade: estimular a criação no teatro e dar visibilidade as obras teatrais locais”, explica Yaska Antunes.
O Festival oferecerá, também, uma oficina direcionada a atores, dançarinos e interventores artísticos, ministrada pelo diretor, ator e cenógrafo cubano, naturalizado brasileiro Luis Alonso. E a oficina de dramaturgia ministrada por Santiago Serrano, dramaturgo argentino, que também é o autor da peça teatral 'Noctluzes”, encenada pela Cia Plagio, de Brasília, e que integrará a grade de programação oficial do Festival. 'Além das montagens teatrais latino americanas, o Festival procura contemplar obras de parcerias ou co-produção entre Brasil e outro país da América Latina”, argumenta Yaska.


 


Espetáculos


Logo na abertura do Festival, um grande espetáculo promete homenagear o teatro mineiro, por meio da presença de Teuda Bara, com 'Doida”, dirigida por Inês Peixoto, ambas atrizes do Grupo Galpão (MG) – um grupo que se tornou referência internacional no que se refere ao trabalho e estética de 'teatro de grupo”.


Na programação internacional, quatro espetáculos estão programados: 'Un Payaso a procura de la risa”, da Argentina; as montagens 'Frida Kahlo – Viva La vida ” e 'Amaru una y mil voces”, da Ikaro Teatro, do Peru; e 'El espectro que soy yo” da Vendimia Teatro, da Colômbia.


Com relação à programação nacional, além do espetáculo de abertura, o Festival contará com as presenças da Cia Plagio com 'Noctiluzes”, de Brasília/DF; Oco Teatro com 'Lego - uma opera arquitetônica”, da Bahia; Cia Trama com 'A alma encantadora das ruas”, de Contagem /MG; e Madgalena Rodrigues em 'Rio da Lua”, de Belo Horizonte/MG. 


Na programação local e da região, além dos dois espetáculos premiados no Festival Cenas Curtas, o Grupontapé de Teatro apresentará a montagem 'Por de dentro”, dirigida por Eduardo Moreira e Katia Lou; o Confraria Tambor virá com 'O grito”, dirigido por Letícia Teixeira; e a Cia. Teatro Sol levará ao público a peça teatral 'Maria”, dirigida por Lídia, de Araguari/MG.
Cortejo Cênico


Como é tradição no roteiro de atividades do Festival Ruínas Circulares, um cortejo cênico formado pelos integrantes de grupos teatrais locais, bem como nacionais e internacionais, sairá, no dia 28 de novembro, às 18 horas, da praça Clarimundo Carneiro com destino ao 'Teatro Grande Otelo”. 'Nós convidamos a classe artística de Uberlândia e a todos os amantes das artes para juntarem-se a nós, nesse ato 'lúdico-político de resistência” criado tanto para nos divertir, quanto para dar visibilidade a nossa insatisfação e frustração com relação às políticas públicas para as artes”, comenta Rubem dos Reis.


Para Yaska Antunes, realizar um Festival não é apenas promover um 'evento”. 'Quando se trata de um acontecimento continuado, com uma frequência regular, como no nosso caso de forma anual, a dimensão do acontecimento torna-se muito incomensurável: é uma oportunidade para a classe artística e a cidade pensar-se a si mesma. É fruição e formação; é aprender prazerosamente; é festa e diversão; e uma ocasião especial para escapar do ambiente ordinário e se alçar a alturas inimagináveis tanto pela compressão do tempo devido a inúmeras atividades quanto por meio daquele fio de poeira que paira no palco. Por tudo isso, o acontecimento teatral é único e inesquecível”, finaliza.


 


 


Serviço:
O quê: 7º Festival Latino Americano de Teatro Ruínas Circulares.
Quando: 18 a 29 de novembro de 2015
Onde: Vários locais na cidade de Uberlândia-MG
Serviço 2
O quê: Espetáculo 'Frida Khalo - Viva la vida”
Onde: Teatro Rondon Pacheco
Quando: 19 de novembro de 2015
Horário: 20 Horas
Valor do ingresso: r$ 20,00 inteira – r$ 10,00 meia

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