Lançamento de filme brasileiro marcará o 7º Festival Latino Americano de Teatro Ruína Circulares

 


Exibição será feita na próxima terça-feira (24/11), às 19h30, no MUnA.


 


 


 


O filme Periscópio, dirigido por Kiko Goifman, será lançado, nesta terça-feira (24/11), às 19h30, no Museu Universitário de Artes – MUnA, em Uberlândia, dentro da programação do 7º Festival Latino Americano de Teatro Ruínas Circulares.


O evento será aberto ao público que, logo após conferir a estreia do longa metragem, poderá participar de um bate papo com o diretor da obra.


O filme conta a história de dois homens em um apartamento. Brigas, conflitos, ironia. Eric, 76 anos e Élvio, 43, não se suportam. O mais jovem é um misto de assistente, secretário e enfermeiro do mais velho. Em um cenário no qual o mundo lá fora parece não existir, sobram provocações. O tempo está imobilizado, suspenso e o tédio media a relação entre eles. Não existe uma gota de esperança e eles parecem estar apenas à espera da morte. Até que, subitamente, surge um estranho objeto do apartamento de baixo. Tudo se modifica.


 


 


O Festival


 


 


A estreia do filme faz parte da programação do 7º Festival Latino Americano Ruínas Circulares, que teve início no dia 18 deste mês e seguirá até o próximo domingo (29/11). Renomados grupos teatrais nacionais e estrangeiros de países como Argentina, Peru, Colômbia trocam experiências e preenchem a agenda cultural local, com apresentações em diversos lugares da cidade de Uberlândia (teatros, praças e rua), além de filmes, palestras e compartilhamentos de processos artísticos entre os grupos participantes e interessados.


O Festival, idealizado em 2009 como uma ação vinculada ao Grupo de Pesquisa PÉTALA (CNPQ), coordenado pela atriz, docente e pesquisadora Yaska Antunes, que assina a curadoria e a direção geral do evento, visa propiciar uma mostra de trabalhos artísticos de países latino-americanos, incluindo o Brasil e, além disso, contempla ações de formação como conferências, oficinas e compartilhamentos, proporcionando o debate e a reflexão acerca das experiências entre os participantes.


O objetivo do Festival é afinar a discussão sobre a atualidade da arte dramática para além dos horizontes locais e do debate nacional. 'Experimentar é a ordem, acima de tudo quando se fala de teatro, onde a devida construção da obra, da montagem, se dá justamente na experiência direta com o público. Por isso realizamos o Ruínas Circulares, com acesso do público em geral para garantirmos essa interação”, comenta a responsável pelo evento, a professora da UFU, Yaska Antunes.


Neste ano, pela primeira vez, o Festival é uma realização da produtora uberlandense Balaio do Cerrado, sob a direção do produtor Rubem dos Reis e conta ainda com a co-realização da DICULT/PROEX/UFU – Diretoria de Cultura da Universidade Federal de Uberlândia, com o patrocínio da Petrobrás S.A., que segundo Yaska Antunes, é fato que, muito além da enorme importância de tornar exequível a realização do evento, agrega valor simbólico inestimável ao Festival. 'Isso porque a Estatal tornou-se, ao longo de seu programa de patrocínio, uma das instâncias mais importantes no processo de consagração nacional de obras e projetos artísticos”, argumenta. Com o tema 'Desafios da cena contemporânea”, a curadoria do Festival aposta numa programação que contempla a multiplicidade de temas e formatos teatrais: espetáculos de clowns, monólogos, montagens realistas, performativas, formas hibridas, dentro de um espectro amplo que denominamos 'cena contemporânea”, usado aqui em seu sentido mais trivial, de algo que é 'de nosso tempo”, e não com pretensões a um conceito estético que daria forma a um tipo determinado de obras artísticas.


O evento é um presente para a população de Uberlândia. 'Nós programamos espetáculos que serão apresentados em vários espaços da cidade, como a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), palcos dos grupos teatrais locais, praças, dentre outros. Além de trazer figuras de peso no circuito cênico que colaborarão para embasar tecnicamente as discussões. A nossa intenção é difundir o teatro latino americano, localmente, provocando a população a envolver-se com o teatro, experimentando as características distintas dos grupos latinos americanos e nacionais e fortalecer as artes cênicas”, destaca o produtor Rubem dos Reis, da Balaio do Cerrado Produtora.


 


Novidades


 


Nessa edição, o Festival traz muitas novidades. 'Pela primeira vez, temos no curso do Festival a presença de um grupo de organizadores e curadores de festivais nacionais e internacionais que virão com o objetivo de conhecer a produção teatral local para futuras negociações e intercâmbios”, informa Yaska Nunes. Além disso, o Festival presta uma homenagem a um artista local. A edição é dedicada ao nosso pequeno grande ator: Grande Otelo. E para celebrar o centenário de seu nascimento, comemorado neste ano, o evento, de forma inédita, adotará entre as suas atividades uma Mostra de Cinema, com o objetivo de trazer à luz uma parte importante da história filmográfica nacional: a 'era das chanchadas” do cinema brasileiro que com sua energia eletrizante, sua alegria, seu brilho, sua opulência, sua despretensão, arrebatou e alegrou o coração de uma geração inteira de brasileiros. Outra novidade é a apresentação de dois espetáculos vencedores do Festival de Cenas Curtas de Uberlândia, integrando a grade de programação oficial do Festival Ruinas, como parte do prêmio pela vitória. São eles: 'Rainha Desordem e Epop[é]ia da Mentira” do Carne Mamífera e 'Liquidados” da Cia Liquida. 'A articulação dos dois festivais faz parte de uma estratégia que visa uma dupla finalidade: estimular a criação no teatro e dar visibilidade as obras teatrais locais”, explica Yaska Antunes. O Festival oferece, também, uma oficina direcionada a atores, dançarinos e interventores artísticos, ministrada pelo diretor, ator e cenógrafo cubano, naturalizado brasileiro Luis Alonso. E a oficina de dramaturgia ministrada por Santiago Serrano, dramaturgo argentino, que também é o autor da peça teatral 'Noctluzes”, encenada pela Cia Plagio, de Brasília, e que integrará a grade de programação oficial do Festival. 'Além das montagens teatrais latino americanas, o Festival procura contemplar obras de parcerias ou co-produção entre Brasil e outro país da América Latina”, argumenta Yaska. Espetáculos Logo na abertura do Festival, um grande espetáculo homenageou o teatro mineiro, por meio da presença de Teuda Bara, com 'Doida”, dirigida por Inês Peixoto, ambas atrizes do Grupo Galpão (MG) – um grupo que se tornou referência internacional no que se refere ao trabalho e estética de 'teatro de grupo”. Na programação internacional, quatro espetáculos foram programados: 'Un Payaso a procura de la risa”, da Argentina; as montagens 'Frida Kahlo – Viva La vida ” e 'Amaru una y mil voces”, da Ikaro Teatro, do Peru; e 'El espectro que soy yo” da Vendimia Teatro, da Colômbia. Com relação à programação nacional, além do espetáculo de abertura, o Festival conta com as presenças da Cia Plagio com 'Noctiluzes”, de Brasília/DF; Oco Teatro com 'Lego - uma opera arquitetônica”, da Bahia; Cia Trama com 'A alma encantadora das ruas”, de Contagem /MG; e Madgalena Rodrigues em 'Rio da Lua”, de Belo Horizonte/MG. Na programação local e da região, além dos dois espetáculos premiados no Festival Cenas Curtas, o Grupontapé de Teatro apresentará a montagem 'Por de dentro”, dirigida por Eduardo Moreira e Katia Lou; o Confraria Tambor virá com 'O grito”, dirigido por Letícia Teixeira; e a Cia. Teatro Sol levará ao público a peça teatral 'Maria”, dirigida por Lídia, de Araguari/MG. Cortejo Cênico


Como é tradição no roteiro de atividades do Festival Ruínas Circulares, um cortejo cênico formado pelos integrantes de grupos teatrais locais, bem como nacionais e internacionais, sairá, no dia 28 de novembro, às 18 horas, da praça Clarimundo Carneiro com destino ao 'Teatro Grande Otelo”. 'Nós convidamos a classe artística de Uberlândia e a todos os amantes das artes para juntarem-se a nós, nesse ato 'lúdico-político de resistência” criado tanto para nos divertir, quanto para dar visibilidade a nossa insatisfação e frustração com relação às políticas públicas para as artes”, comenta Rubem dos Reis.


Para Yaska Antunes, realizar um Festival não é apenas promover um 'evento”. 'Quando se trata de um acontecimento continuado, com uma frequência regular, como no nosso caso de forma anual, a dimensão do acontecimento torna-se muito incomensurável: é uma oportunidade para a classe artística e a cidade pensar-se a si mesma. É fruição e formação; é aprender prazerosamente; é festa e diversão; e uma ocasião especial para escapar do ambiente ordinário e se alçar a alturas inimagináveis tanto pela compressão do tempo devido a inúmeras atividades quanto por meio daquele fio de poeira que paira no palco. Por tudo isso, o acontecimento teatral é único e inesquecível”, finaliza.


Serviço 1: O quê: 7º Festival Latino Americano de Teatro Ruínas Circulares. Quando: 18 a 29 de novembro de 2015 Onde: Vários locais na cidade de Uberlândia-MG


Serviço 2 O quê: Lançamento do filme Periscópio Onde: MUnA – Museu Universitário de Artes Quando: Dias: 24/11/2015 Horário: 19h30 horas Valor do ingresso: ENTRADA FRANCA


A ficha técnica de Periscópio:


Direção: Kiko Goifman / Roteiro: Kiko Goifman e Jean-Claude Bernardet / Empresa Produtora: PaleoTV / Produção: Jurandir Müller / Produção Executiva: Evelyn Margareth Barros / Fotografia: Julia Zakia / Montagem: Vânia Debs e Olívia Brenga / Elenco: João Miguel e Jean-Claude Bernardet Apoio Cultural: Bella Sicília Ristorante, Dicult/ UFU, NovaMídia, MUnA, Secretaria Municipal de Cultura, Sahtten Comida Árabe.

Tribanco é reconhecido por clientes

Phoenix expande atuação

Grupontapé segue na estrada com apresentações do espetáculo Balaio Popular em Capitólio-MG e São Roque de Minas-MG

Grupontapé levará espetáculo para Perdizes-MG

assine nossa newsletter