Cultura Luta continua com as atividades

 
Movimento Cultura Luta cria ações em prol do setor artístico-cultural de Uberlândia-MG

Distribuição de cestas básicas, live beneficente e campanha de doações estão entre elas. 

O setor cultural da cidade de Uberlândia, um dos mais afetados durante a pandemia da Covid-19, se uniu para enfrentar a falta de eventos e, consequentemente, a não-remuneração de artistas e fazedores de cultura das mais diversas áreas (música, teatro, artes visuais, etc.). Em maio, foi criado o Movimento Cultura Luta, que continua forte na cidade com ações que visam arrecadar alimentos e recursos para dar suporte à classe artístico-cultural do município. 

A primeira ação foi o cadastramento dos artistas e fazedores de cultura para a entrega de 350 cestas básicas de alimentos no mês maio. Uma nova remessa de cestas básicas será distribuída entre as famílias cadastradas, ainda neste mês. 

MOVA Uberlândia - Mostra Virtual de Artes

A próxima atividade será comercialização de 60 obras de artes (adquiridas em prol do movimento) durante a Mostra Virtual Artes %u2013 MOVA Uberlândia, programada para o dia 23 de julho, às 20 horas. 'Nós estamos programando uma grande Live, com a participação de artistas renomados nacionalmente para se tornar um evento de grande alcance%u201D, informa Carlos Guimarães Coelho, um dos idealizadores do Cultura Luta.

Na live já estão confirmadas as participações de artistas locais e de fora, como Grupo Galpão, Flávio Arciole e Maria Célia Vieira, Edson Denizard e Luiz Dillah, Luís Salgado, Veruska Alvez, Grupo Strondum, Karine Telles, Cláudia Raia, Denise Fraga, Laila Garin, Matheus Natchergaele,  Renato Borghi e Élcio Nogueira Seixas,   Letícia Spiller, Grupontapé de Teatro, Ricardo Augusto, Jack Will,  Wagner Schwartz, Jorge Farjalla, Lavínia Pannunzio, entre outros.  A apresentação será feito pela dupla de palhaçaria composta por Guilherme Almeida e Valéria Gianechini. 

Site

Outro projeto que saiu do forno foi o site do Movimento. Nele, constam todas as ações realizadas pelo grupo, bem como informações diversas, inclusive notícias. 'Além das nossas redes sociais, a nossa página na internet é uma ferramenta para deixarmos os nossos mais diversos públicos atualizados%u201D, destaca Lorraine Albina, musicista que também integra o movimento e criadora do site. 

Fundo Privado

A grande meta do grupo é lançar um edital com base em um fundo privado de incentivo às atividades artístico-culturais. 'Para isso, lançamos, ainda em maio, uma campanha para angariar o montante de, pelo menos,  R$ 150 mil, que é nossa meta para um bom edital aos trabalhadores da cultura em Uberlândia %u201D, informa Carlos Guimarães. 

Para ele, a ação junto do governo municipal com o edital de emergência para auxílio ao setor cultural da cidade ainda não é suficiente para atender à demanda que existe no setor cultural de Uberlândia. 'Por isso criamos uma campanha de doações para conseguir levantar o recurso e lançarmos  um edital simples e sem grandes contrapartidas do artista%u201D, argumenta Carlos Guimarães. 

Doações

Qualquer pessoa ou empresa pode  fazer a doação para o fundo privado do Cultura Luta. As informações constam no site do movimento, nas páginas criadas no Facebook e Instagram ou pelo e-mail culturaluta@gmail.com e pelos números de Whastapp: (34) 9 9232-0679, (34) 9 (34) 9118-6224, (34) 9 9222-0066 e (34) 9 9163-9081.

'Como esses recursos serão distribuídos para a cadeia produtiva da arte em Uberlândia, nós lançaremos editais e regulamentos para que as ações sejam feitas da forma mais transparente possível. Vale ressaltar que apoios como esse proporcionam uma devolução à sociedade, pois os artistas estarão na ativa, produzirão mais e se farão ainda mais presentes nessa fase jamais imaginada que estamos atravessando%u201D, ressalta Kátia Bizinotto, atriz que também compõe o movimento. 

Isso sem mencionar o quanto a economia criativa mobiliza e beneficia outros setores da sociedade. É o que defende o produtor cultural, que também faz parte do movimento, Rubem dos Reis. Segundo ele, a cada R$ 1,00 não investido na cultura R$ 1,60 deixará de circular na economia. 'A relevância econômico-financeira soma-se ao fato de que a cada cinco trabalhadores da cultura parados teremos menos seis trabalhadores no mercado de trabalho. 

Hoje o trabalhador da cultura, quase sempre sem vínculos empregatícios formais, depende do seu labor diário para colocar a comida no prato. E ele está só. Para muito além dos números existe o fator humano%u201D, destaca Rubem dos Reis, produtor cultural e também integrante do Cultura Luta. 

O movimento

Com o escopo de realizar múltiplas ações orientadas pela visão plural da arte, o movimento Cultura Luta foi criado para atuar no contexto social em conexão com os temas: arte, economia e sociedade. O nome do movimento refere-se à sigla LUTA, na qual cada letra tem o seu significado. L: localizar e estimular relações entre arte e sociedade; U %u2013 união de artistas de vários segmentos culturais em prol do desenvolvimento humano; T, transcender através de proposições experimentais e criativas; A, agir em processos de execuções culturais com parceria pública e privada. 

Integram o grupo Cultura Luta nomes expressivos da cena cultural uberlandense, como Alessandra Ropre Cunha, artista visual,  a atriz Bia Pantaleão, também conselheira  Municipal de Políticas Culturais, o jornalista e produtor cultural Carlos Guimarães Coelho, a atriz e parecerista da CAS %u2013 Pmic Claudia Miranda, o bailarino, filósofo e artista visual Claudio Henrique E. de  Oliveira, o escritor, músico e compositor Ênio Bernardes, o artista visual conselheiro Municipal de Políticas Culturais Jimmy Rus, a atriz e advogada Katia Bizinotto, a musicista, educadora e conselheira Municipal de Políticas Culturais Lorraine Albina, o ator, diretor da ATU e integrante do Comitê Gestor dos Pontos de Cultura de MG Ricardo Augusto e o produtor cultural Rubem dos Reis.

Segundo Rubem dos Reis, a missão do Luta é realizar ações afirmativas da arte como setor estratégico para o desenvolvimento sociocultural com foco principal em Uberlândia durante e após a pandemia do Covid-19 que assola o Brasil. 'Nós temos como norte a solidariedade com a classe artística e cultural e no fortalecimento da classe artística e cultural que jogada à própria sorte, tem no artista o principal patrimônio imaterial e na arte a possibilidade de transformar o mundo%u201D, ressalta. 


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