Programa de assistência técnica é oferecido pela Cooperativa em parceria com o Senar Minas.
A fazenda de sete alqueires do cooperado da CALU, Rones Ferreira, localizada no município de Monte Alegre de Minas-MG, recebeu investimentos nesse mês de março. Depois de 35 anos atuando com o sistema de ordenha manual, o produtor implementou uma sala de ordenha mecânica.
O empreendimento é resultado do trabalho de consultoria técnica que, desde julho do ano passado, é desenvolvido na propriedade. Rones Ferreira é um dos cooperados da CALU que participam da Assistência Técnica e Gerencial - ATeG, um programa do Senar Minas desenvolvido em parceria com a cooperativa de Uberlândia-MG, cujo objetivo é prestar assistência ao pequeno produtor com foco em aumentar a produtividade e a rentabilidade da produção leiteira, utilizando técnicas de manejo adequadas e gestão.
Coordenado pelo médico veterinário contratado pelo Senar, José Soté, o programa atende gratuitamente 20 cooperados CALU, nos municípios de Uberlândia, Monte Alegre de Minas, Tupaciguara, Indianópolis e Araguari. Soté realiza uma visita mensal em cada propriedade com duração de quatro horas. 'Nesse encontro, fazemos a avaliação dos indicadores relacionados à gestão da propriedade, como ações no manejo do rebanho como de dieta balanceada, sanidade, qualidade do leite e controle financeiro. Fazemos cálculos dos custos por litro de leite, médias mensais e anuais. Um software disponibilizado pelo Senar compila todas as informações e apresentam os resultados ao produtor%u201D, explica o médico veterinário.
Soté explica que o objetivo é fazer com que o produtor economize. 'A nossa meta é fazer com que sobre dinheiro no caixa do produtor para que ele possa reinvestir na atividade e proporcionar maior conforto financeiro para a família%u201D, destaca.
Segundo o responsável pela área de assistência técnica da CALU, Robin Rodrigues, esse tipo de assistência motiva o produtor, que muitas vezes sem ter resultado na atividade desanima. 'O Rones é um exemplo de sucesso desse programa. A estratégia de manutenção e o bom controle de custos permitiu que o cooperado desse um passo arrojado com a implementação da ordenha mecânica. E isso tem motivado o produtor%u201D, comenta.
Rones confirma a motivação. O produtor está empolgado, pois envolveu toda família na atividade leiteira. 'Estou até convencendo minha filha Liliane da Silva Ferreira e meu genro Rafael a voltarem para a fazenda para trabalharem conosco%u201D, conta.
O cooperado destaca que a assistência ATeG oportunizou mais profissionalização da atividade leiteira na fazenda. 'Esse programa ofertado pela CALU em parceria com o Senar, mudou minha forma de encarar a minha atividade leiteira. Eu já planejo investimentos futuros, como contratar um engenheiro agrônomo, por exemplo, para ampliar a pastagem do rebanho. Tudo está caminhando bem%u201D, afirma.
Desempenho
O relatório analítico pelo programa ATeG demonstra que a fazenda do cooperado mantém-se estável pelos números apresentados, com cerca de 90 lt/dia, 14 vacas em lactação e média de 7 lt/vaca. Porém o que chama a atenção é o investimento e a adoção de melhorias como volumoso (silagem de milho) adquirido, uma vez que o produtor não dispõe de máquinas para produção própria e a adoção de consumo de rações CALU na dieta balanceada.
Segundo Robin Rodrigues, isso foi possível porque a remuneração do preço do leite pela CALU, desde o início do projeto, vinha numa crescente e os bônus de qualidade também melhoraram pelos padrões adotados. 'Hoje o produtor colhe os resultados de uma assistência técnica profissional e eficiente, que conseguiu extrair o melhor da atividade leiteira em sua propriedade rural%u201D, conclui.